No dia a dia do ser
humano estamos sempre frente a frente com o outro. Vivemos de trocas
e interações. Somos ao mesmo tempo ensinantes e aprendentes. A
colaboração entre as pessoas ajuda a desenvolver estratégias e
habilidades gerais na solução de problemas.
Diante da utilização
de aprendizagem cooperativa em ambientes informatizados surge a
“postura cooperativa”. Para que ela ocorra devem existir os
seguintes aspectos: interação, negociação constante, relações
heterárquicas, tomada de decisão em grupo, tolerância e
convivência com as diferenças. Se esses elementos aparecem, as
pessoas envolvidas sentem-se importantes e parte ativa do processo,
criando uma postura responsável com relação a sua aprendizagem e a
do grupo. Assim, individualmente, começa as colaborações para
alcançar os objetivos do grupo. Para que haja uma troca
sociocognitiva, o grupo precisa interagir e colaborar, juntamente com
o compartilhamento de ideias, informações e questionamentos.
Em trabalhos
educacionais utilizando ambientes virtuais, esses elementos expostos
tem sido encontrados. Um jovem com paralisia cerebral, que antes
tinha problemas de impaciência com os colegas, certa agressividade e
rigidez, passou a ter uma postura cooperativa em um ambiente
informatizado construído para promover o trabalho em equipe. Essa
pessoa começou a levar em consideração o pensamento do grupo na
realização das tarefas, não impondo seu ponto de vista como no
início dos trabalhos. Em uma outra situação, onde havia parceria
entre uma escola de ensino regular e outra de ensino especial, alunos
experientes em determinadas ferramentas informatizadas ensinavam os
com maior dificuldade. Muitas vezes os alunos que ensinavam eram
justamente os que tinham maior dificuldade na sala convencional, com
maiores comprometimentos cognitivos.
Fonte:
JUNIOR, Klaus
Schlünzen; PELLANDA, Nize Maria Campos; SCHLÜNZEN, Elisa TOmoe
Moriya. Inclusão Digital: Tecendo Redes Afetivas/Cognitivas. 1ª
ed. Rio de Janeiro – RJ: DP&A, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário